Além do coronavírus, outro assunto que está assolando o Brasil é a variante da gripe H3N2. Um levantamento realizado pela Agência CNN apontou que ao menos 17 estados e o Distrito Federal confirmaram casos da doença.
Dentre eles quatro são considerados em ‘estado de epidemia’: Rio de Janeiro, Espirito Santo, Rondônia e Rio Grande do Norte. Os outros que registraram casos são: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Goiás, Maranhão e Pará.
E pelo menos cinco estados já registraram mortes após contaminação pelo H3N2: Rio de Janeiro (7), Bahia (5), Pernambuco (3), Paraná (1) e Rio Grande do Sul (1). Totalizando 17 mortes.
Em entrevista à CNN na sexta-feira (24), João Gabbardo, coordenador do Comitê Científico de São Paulo, afirmou que até o momento, “os números de casos graves são pequenos, mas a recomendação ainda é usar mascaras e evitar aglomerações”.
“Quem pensava em flexibilizar por conta da vacinação [contra a Ômicron], precisará retomar as medidas [contra a influenza]”, diz.
Ministério e as vacinas
O Ministério da Saúde afirmou à CNN que não existem pendências com estados e municípios. Eles afirmaram que todas as vacinas contra a gripe foram entregues.
“As 80 milhões de doses de vacinas adquiridas para a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza foram distribuídas aos estados e Distrito Federal de forma proporcional e destinada aos públicos específicos da campanha”, declarou.
A pasta informou ainda, que avalia com atenção o aumento de casos de influenza nos estados.
“A pasta está prestando todo o suporte necessário ao estado do Rio de Janeiro com envio de doses adicionais de vacinas, remanejadas de outros estados”, declarou em nota. Até o momento, já foram entregues mais de 363 mil doses da vacina contra a gripe ao estado.
Mas as secretarias estadual e municipal de saúde em São Paulo, por exemplo, alegam que o imunizante está desatualizado, apenas funciona contra a H1N1.
No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou o primeiro caso de infecção por laboratório de Influenza A H3N2 no estado na quarta-feira (22). O caso é acompanhado por equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
De acordo com a SES, o paciente, de 10 anos, é do sexo masculino e registrou atendimento na rede hospitalar particular com quadro com sintomas de febre, tosse e obstrução nasal que evoluiu para cura. O resultado da amostra coletada em 15 de dezembro foi liberado nessa quarta-feira (22).
A SES reitera que todos os municípios foram orientados acerca da Nota de Alerta da SES em conjunto com o Laboratório Central do Maranhão (Lacen), que orienta sobre a sazonalidade e o aumento de doenças respiratórias no país, bem como uma Nota Técnica, alertando sobre a circulação de Influenza A (H3N2) e outros vírus respiratórios, onde foi descrito o cenário epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) por Influenza no Brasil e no Maranhão no ano de 2021.
A SES informa que o Laboratório Central do Maranhão (Lacen) enviou amostra do caso para sequenciamento genético no Instituto Evandro Chagas, no Pará, laboratório de referência, para confirmação da linhagem Darwin.
Para a população, a SES esclarece que em caso de sintomas gripais, o paciente deve procurar atendimento na unidade de saúde de referência municipal.