• É #FAKE que Japão abandonou as vacinas contra Covid-19 e as substituiu por ivermectina

    Circula pelas redes sociais um vídeo em que um homem diz que o Japão abandonou as vacinas contra Covid-19 e as substituiu por ivermectina. É #FAKE.

    No vídeo, o homem diz que o Japão teve mais casos de Covid-19 após o início da vacinação do que no ano anterior, mas acrescenta que a situação mudou drasticamente após o país adotar a ivermectina e abandonar os imunizantes.

    A Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA), agência que regula produtos farmacêuticos e dispositivos médicos no Japão, informa por e-mail que a ivermectina não está aprovada para uso no tratamento de doenças causadas pela infecção por SARS-CoV-2 (COVID-19) no país.

    O Japão não abandonou as vacinas. Estão disponíveis no país gratuitamente os imunizantes da Pfizer, Moderna e Astrazeneca, de acordo com o site do ministério da saúde do país. Em 2022, prevê a chegada de mais 120 milhões de doses da Pfizer e deve acelerar as doses de reforço.

    A Ivermectina não consta entre os medicamentos usados no combate à Covid-19 aprovados pela Pharmaceutical and Medical Devices Agency (PMDA), a agência responsável pela avaliação dos produtos farmacêuticos no Japão.

    Em agosto, estava em meio à quinta e maior onda da pandemia. A partir de então, o volume de casos diminuiu significativamente.

    Especialistas ouvidos em outubro em um painel promovido pela emissora NHK relacionam a queda no número de casos ao avanço da imunização e a fatores ambientais, sazonais e comportamentais. Nenhum deles citou a ivermectina.

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda desde 31 de março de 2021 que a ivermectina não seja usada para tratar pacientes com Covid-19. “Nossa recomendação é não usar ivermectina para pacientes com Covid-19, independentemente do nível de gravidade ou duração dos sintomas”, disse Janet Díaz, chefe da equipe de resposta clínica à Covid-19 da agência da ONU, em uma entrevista coletiva.

    Mensagens com o mesmo teor circularam em outros idiomas e países e foram desmentidas por ReutersCorrectiv e Newschecker, entre outros. No Brasil, LupaBoatos e AFP, entre outros.

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