• Janeiro roxo! Hanseníase, quando tratada, tem cura!

    Janeiro roxo! O mês de janeiro é destinado às ações estratégicas de enfrentamento da doença. Na rede estadual, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) mantém ao longo do ano ações de monitoramento, fortalecimento do diagnóstico e promoção do tratamento aos pacientes.

    Ela é uma doença infecciosa crônica e depende de um diagnóstico precoce para evitar o desenvolvimento de sequelas. Além disso, reforça que a doença tem cura e o tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    A hanseníase é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta especialmente nervos superficiais da pele e de partes do corpo como face, pescoço, braços e cotovelos, prejudicando a transmissão de sinais nervosos, como aqueles responsáveis pela sensibilidade.

    O risco de pegar hanseníase após o contato com outra pessoa infectada é mais elevado em crianças ou idosos, e em caso de HIV, quimioterapia ou uso de medicamentos imunossupressores.

    Hanseníase é o mesmo que lepra. Embora ambos os nomes possam ser usados para se referir à mesma doença, lepra é um nome mais antigo e mais popularmente conhecido.

    Em caso de suspeita de hanseníase, é importante consultar o dermatologista para confirmar o diagnóstico. O tratamento da hanseníase geralmente envolve o uso de antibióticos e pode demorar de 6 meses a 2 anos.

    Os principais sinais e sintomas da hanseníase são:

    • Manchas brancas, acastanhadas ou avermelhadas na pele;
    • Diminuição ou perda da sensibilidade na pele;
    • Sensação de formigamento, choque ou dormência nos braços e pernas;
    • Cãibras frequentes;
    • Caroços na pele;
    • Diminuição ou queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas;
    • Menor produção de suor pela pele afetada;
    • Fraqueza em partes do corpo;
    • Ressecamento ou sensação de areia nos olhos;
    • Deformidades no nariz ou cavidade nasal.

    Algumas vezes também podem surgir repentinamente sintomas como febre, dores nas articulações, manchas dormentes e caroços dolorosos na pele.

    As alterações na pele nem sempre são facilmente notadas e os sintomas tendem a variar de acordo com o tipo de hanseníase.

    Acredita-se que a transmissão acontece por via respiratória e a pessoa pega hanseníase quando inala gotículas de saliva contendo a bactéria, que são eliminadas quando alguém doente tosse ou espirra, por exemplo.

    No entanto, o contato com a pessoa doente precisa ser próximo e por tempo prolongado, podendo demorar até meses para que se pegue a hanseníase.

    A hanseníase pode ser curada, especialmente quando a doença é identificada no início e o tratamento é feito de acordo com as orientações do médico. No entanto, algumas vezes, mesmo com o tratamento adequado não é possível recuperar a força muscular ou a sensibilidade da pele.

    Dados

    O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registrou 2.349 casos de hanseníase em 2022, sendo 187 casos da doença na faixa etária menor de 15 anos. Os municípios, através das Unidades   Básicas de Saúde (UBS), realizam diagnóstico e tratamento da doença. O Hospital Aquiles Lisboa em São Luís, funciona como ambulatório especializado e unidade hospitalar de referência.

    Em 2023, de acordo com dados parciais do SINAN, os 10 municípios maranhenses com maior número de casos novos de hanseníase diagnosticados, foram: São Luís (209), Imperatriz (88), Codó (77), São José de Ribamar (61), Timon (60), Açailândia (40), Caxias (39), Paço do Lumiar (38), Bacabal (37) e Santa Luzia (32).

     

     

    Por: Lilson Pavão.

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