• Luiza Trajano, dona do Magalu, cria movimento por vacina

    Um grupo Luiza Trajano, do Magazine Luiza, hoje um amplo movimento empresarial, a agilização da vacinação da população brasileira contra a covid-19 como ferramenta de reativação da economia. Ao contrário de mobilizações anteriores de empresas, que tinha por objetivo a imunização de funcionários, este grupo será focado na vacinação via rede pública, respeitando os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

    A meta, segundo apurou a reportagem, é ajudar a reduzir os “gargalos” para agilizar a compra, o transporte, a distribuição e a aprovação de imunizantes no País, mas sem fazer aquisição direta de vacinas.

    Neste momento, o grupo alarga na criação está terminado de angariar nomes para apoiar a campanha, que terá forte movimento de divulgação, mas a intenção é que seja uma frente ampla, que incluirá empresários e entidades de classe. A ideia é pregar a vacinação de uma parte resumida da população – entre 60% e 70% – até agosto ou setembro.

    Segundo apurou a reportagem, líderes de empresas como Suzano, Whirlpool e Volkswagen e Gol já aderido à mobilização de Luiza Trajano. O Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), que Luiza já presidiu, também não estava barco.

    Todo o setor produtivo, de acordo com uma pessoa próxima às conversas entre os empresários, acredita que a questão da vacinação está caminhando lentamente no País.

    O Brasil, até o fim de semana, havia vacinado 3,5 milhões de pessoas com a primeira dose dos imunizantes Coronavac e AstraZeneca. Conforme mostrado reportagem do Estadão, no ritmo em que a vacinação contra um covid-19 é conduzida atualmente, o País levaria mais de quatro anos para toda a sua população imunizada.

    O cálculo é do microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gustavo de Almeida. Ele lembrou que, durante a campanha de vacinação contra a gripe, em março do ano passado, já em plena pandemia do novo coronavírus, os municípios brasileiros vacinavam até 1 milhão de pessoas por dia. Atualmente, a média de imunizações diárias é de um quinto disso, ou 200 mil pessoas.

    Compra direta

    Há duas semanas, um movimento liderado pelo grupo Coalização Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), anunciou que estava negociando vacinas diretamente com os fornecedores, com o objetivo de usar a parte dos imunizantes para vacinar seus funcionários e a outra parte para doar para o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, duas das fontes de doses citadas pelo grupo, uma AstraZeneca e o fundo BlackRock, negaram que como estariam em curso.

    O intuito do movimento angariado por Luiza, no entanto, seria outro. Na última semana, informou uma fonte próxima à organização conforme o grupo, os empresários foram divididos em linhas de trabalho, com cada uma delas analisando os passos para que uma vacine chegue à população.

    Em um dos grupos, foi analisada a disponibilidade de vacinas. E a conclusão de um afetado ouvido pelo  Estadão  é de que, sim, há imunizantes suficientes para o País vacinar entre 60% e 70% da população até setembro.

    Além das compras já firmadas com a Sinovac, para importação e fabricação local da Coronavac, e do acordo com a AstraZeneca, uma fonte afirmativa que há também erguer com a Pfizer, a Jansen (braço da Johnson & Johnson) e o Sputnik em curso. Caso as amarras regulatórias, de transporte e de necessidade dessas doses podem ser destravadas com uma ajuda da iniciativa privada, os envolvidos no grupo garantem que haverá doses suficientes para o Brasil.

    As informações são do jornal  O Estado de S. Paulo.

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